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Na fazenda São João, no municipio de Araxá , moravam vovó Zezé e vovô Tobias, pais de minha avó Zica, mãe de mamãe.
Contam que era muito bem construída . Naquele tempo , coisa rara, luz elétrica, telefone e água encanada.
Li os anos 40 de Rachel Jardim e coloco a parte que mais gostei:
O que mudou agora, não é o que está fora de nós, é o que está dentro. Não olho mais para o céu, as árvores, e as montanhas com a mesma intensidade como a esperar alguma resposta. Resposta não há. Não pintou meu retrato, mas o dele pintou se em mim. Não faz mal. O esquecimento ainda é memória. Passou a vida rompendo cadeias.Mas se “mesmo tudo não é nada...”

Em 1918 meus bisavós vovó Zezé e vovô Tobias. Ele faleceu muito novo deixando vovó com sete filhos.
Também aproveito para contar sobre o livro Inventário do Inútil por Elias José:
Acho que passou o tempo de protestar e virá para nós um tempo de construir. Aprendi que caminho nenhum é diferente, todos acabam num mesmo lugar. E se a gente não colocar uma razão, um calor no que fazer. Não há possibilidade de vitória. Assim sem enfeites confio e espero: qualquer caminho terminará em minha porta.

Vovó Zezé, do jeitinho que me lembro dela. Era minha madrinha de crisma. Naquela época em 1958 podia crismar e batizar ainda nenê.
E por fim li Recordações do Escrivão Isaías Caminha por Lima Barreto
Eu era uma árvore cuja raiz não encontra mais terra em que apóie e donde tire vida , era como um molusco ,que perde a concha protetora e que se vê a toda hora esmagada pela menor pressão. E de santo o que ele faz, é de sábio o que ele diz. Eu não tinha sabido arrancar da minha natureza, o grande homem que desejava ser: abatera me diante da sociedade, não soubera revelar me com força ,com vontade e grandeza
OBS: Espero que tenham gostado dos livros. Eu indico todos. Apesar de ser livros lidos por minhas irmãs na época do vestibular na década de oitenta. Mas quando queremos ,encontramos algumas belas lições de vida.